Estreia coluna da psicóloga Nivea Guterres: Sexualidade feminina

Durante séculos, o sexo para a mulher foi visto como forma de reprodução e só. Não restando a ela outra função para o ato, tendo em vista que o prazer feminino era reprimido ao extremo. Hoje, graças à informação a qual todos têm acesso, o sexo passou a fazer parte do cotidiano, não ficando limitado apenas à concepção, mas fazendo com que a mulher se sintam valorizadas e que com sua autoestima elevada. Sabemos que a mulher moderna está em busca de novos elementos que possam contribuir para a qualidade do ato sexual, e, consequentemente, de seu prazer. Mas ainda o tabu existe e falta de informação também.

nivea2Sabemos que a autoconfiança é o segredo da sexualidade feminina, e ainda hoje nós mulheres não nos sentimos seguras com este tema. Entre quatro paredes tudo está liberado, será? Para algumas mulheres, não, pois a sexualidade feminina ainda rende tabus. Há ainda no mundo feminino mulheres que não conseguem explorar e valorizar os próprios desejos. Assim, fica difícil dominar e mostrar ao parceiro que algumas vontades podem ser prazerosas para ambos. A autoestima é a chave de uma vida sexual saudável e recompensadora. Não podemos esperar que os outros nos respeitem se não respeitarmos a nós mesmas.
O despertar a sensualidade é essencial, para uma vida saudável, e prazerosa.   Existem mulheres que ainda se sentem tímidas a ao tirar a roupa ou falar sobre suas preferências, estas deveriam tentar melhorar a autoestima e livrar-se das paranoias existentes.

As mulheres têm o direito ao prazer sexual, bem como os homens, e devem buscá-lo de toda forma, conversando com o parceiro e obtendo informações que possam ser de relevância, para que a relação seja, acima de tudo, saudável.  A culpa e a vergonha sobre os desejos sexuais são pouco saudáveis.

Estatísticas revelam que os fatores que contribuem para que o desejo sexual seja inibido são os de caráter psicológico que, na maioria das vezes, estão relacionados ao parceiro, aos mitos e preconceitos que envolvem o ato sexual em si, e à preocupação da mulher com conceitos pré estabelecidos pela sociedade.

Sabemos que a resposta sexual de cada um depende da identidade, orientação sexual, personalidade, sentimentos e relações que estabelecemos, com nossos vínculos, além disso com o passar dos anos, nossa sexualidade e a maneira como passamos pelas diversas etapas da vida vão sofrendo mudanças e é importante que as experiências e vivências da sexualidade sejam sempre fontes de bem-estar, para nós mesmos e para os outros com quem as partilhamos.

Podemos finalizar dizendo, existem várias maneiras para enfrentar os preconceitos e viver melhor. Fazer exercícios físicos regularmente, traz benéfico para toda saúde tanto físico como mental. Conversar sempre com seu parceiro, sem medo, sem preconceito.  Estar sempre em dia com as consultas ginecológicas e exercitar a mente com um curso ou um projeto diferente.

*Nivea B. Guterres – CRP 06/127300 é psicóloga clínica em Cotia e especializada em sexologia. Telefone: (11) 9-7372-1087 – site www.niveaguterres.com.br  – Email: [email protected]