Espiritismo com Lucio Cândido Rosa: Sexo e Sexualidade

Caro Leitor!

       Falamos sobre a homossexualidade, hoje abordaremos o sexo. 

       Sexo é a conformação especial que distingue macho e fêmea nos animais, vegetais; conjunto de pessoas que têm a mesma conformação física, consideradas do ponto de vista da geração.

O Sexo é para nós, para reprodução e perpetuação de nossa espécie, justificando a afirmativa da Gênese Mosaica, no sexto dia da Criação, quando Deus sentenciou: –  “Crescei e multiplicai-vos”.

Para os animais denominamos macho e fêmea, e para os seres humanos masculino e feminino.

Por outro lado, algumas espécies de vegetais também tem a denominação de macho e fêmea, porém em sua maioria, as flores possuem os dois órgãos responsáveis pela preservação e multiplicação da espécie: o gineceu (órgão feminino das flores) e o androceu (órgão masculino das flores), tendo como colaboradores os insetos, no ato da reprodução.

Que o sexo é bom não se discute, pois nos traz prazer e sensação. Mas o que muitos não sabem, que ele é também uma troca energética em pleno ato sexual, que eleva nossa alma ao plano Divino da Criação, como cocriadores de Deus neste plano.

E, se caso não venhamos a sentir uma sensação de prazer no ato sexual ou repulsa, poderemos estar com algum problema afetivo, psicológico ou físico.

Se o sexo não fosse algo bom, prazeroso, sairíamos em busca de outros prazeres como: jogar futebol, andar de jetsky e outros esportes radicais, que nos trariam a adrenalina, esquecendo-nos assim da reprodução da espécie.

As mulheres poderiam jogar conversa fora, fazer artesanato, ou se dedicar a outros afazeres, esquecendo-se da geração de filhos.

Enfim, a atividade sexual é um dos instintos básicos da criação, assim como: respirar, comer, beber, dormir, preservar a vida, etc…

Enquanto o homem não tinha conhecimento científico sobre o seu corpo físico, como funcionavam os órgãos e como controlá-los, não havia como separar o prazer da “função de criação

Com o tempo, tendo o raciocínio mais elaborado, inspirado no conhecimento científico, ele passou a controlar de algum modo a natalidade.

Nos anos 60, com o advento da pílula anticoncepcional, houve a “emancipação da mulher” e a explosão do “sexo livre”.

Dessa forma, o sexo “perdeu” um pouco da finalidade que Deus predestinou, principalmente para aqueles que não se ligam muito à religião.

Quando falamos em sexo, normalmente o que vem a nossa cabeça é a relação sexual ou até pornografia, isso tudo levado pela exploração do sexo.

Hoje são poucos os que pensam na relação sexual para ter filhos e menos ainda os que pensam na troca de energia sexual entre o casal.

Na união desses dois seres, há a necessidade dessas duas energias diferenciadas.

A sociedade de consumo e as dificuldades encontradas, fazem com que o casal não queira ter muitos filhos, não dando oportunidade aos Espíritos que necessitam reencarnar.

Para compreendermos melhor o assunto vamos distinguir: “sexo físico” e “sexo espiritual” se assim podemos dizer, quando denominamos sexualidade.

Sexo: corpo físico – reprodução da espécie

Sexualidade: espírito – criação biológica  –  criação de bens materiais.

O sexo pelo aspecto físico, bem ou mal, todos temos ideia do que seja.

Já pelo lado espiritual entenderemos as energias sexuais da alma.

Os homens trabalham em serviços mais pesados, mais brutos, e geralmente, seus ideais são diferentes dos das mulheres.

Elas são mais sensíveis, voltadas para o amor, para a submissão, para os filhos, têm o coração mais maleável que os dos homens.

No casal, essas duas energias se completam e se equilibram quando há amor.

Porém, quando quando um dos dois resolve se relacionar com uma terceira pessoa, haverá um desequilíbrio de energias e o casamento poderá se acabar, pois não há como manter essa situação.

Fomos criados, simples e ignorantes e através de encarnações vivenciamos experiências energéticas de ambos os sexos, até chegarmos ao equilíbrio total da angelitude, onde as duas energias se equilibram e não há mais necessidade de sexo como entendemos.

Por isso que se diz que o Espírito Puro não tem sexo.

Iniciamos nossa vida espiritual e corporal com um dos sexos. Somos mais masculinizados ou feminizados.

Ao longo das existências vamos adquirindo características masculinas e femininas; o espírito guerreiro dos homens, a graça e a meiguice das mulheres. Com essa troca de sexo, o homem se torna mais gentil, mais maleável e a mulher mais forte, mais ousada e guerreira.

Por isso quando os filhos perdem o pai ou a mãe, aquele que fica com eles tem condição de cuidá-los.

Quando há abuso e desregramento do  sexo em várias encarnações, haverá desequilíbrio das energias sexuais e teremos que nos submeter à “Lei de Causa e Efeito”.

Em resumo: alma masculina, alma feminina impulsionam o mundo em que vivemos.

Sendo assim precisamos cultivar o “sexo espírito” para podermos evoluir e transformar este mundo de Expiações e Provas em um mundo de Regeneração, passando assim do instinto animal para sentimentos  puros.

Na posição em que está o planeta, o componente de expiação ainda é mais avantajado do que o regenerativo.

Os componentes cármicos atritados pela vida pregressa, exigem compensação.

Sexo não é diversão. É destinado à criação: biológica e material.

Sexo não e pecado, Deus não criaria um ato prazeroso para depois nos punir. Devemos nos comportar com equilíbrio perante o sexo e executá-lo com amor, com respeito para com a companheiro(a).

Paulo de Tarso, em sua primeira carta aos coríntios, cap.6, V 12, nos exorta: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm;  todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.

A decisão é nossa: façamos o ato sexual com amor e respeito (fazer amor, como costuma-se falar), ou cair no abismo do sexo desregrado (onde vale tudo), e responderemos pela Lei Divina de Causa e Efeito.

Muita paz a todos!   

* Lucio Cândido Rosa escreve quinzenalmente sobre espiritismo e espiritualidade no Jornal Cotia Agora. Quer enviar sugestão de algum tema para que ele aborde? Envie para o email [email protected]