Empresa de Cotia fará parte do Centro de Indústria 4.0, iniciativa do Fórum Econômico Mundial

São Paulo terá uma unidade do Centro para a Quarta Revolução Industrial (C4IR), uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial focada em Indústria 4.0.

A AstraZeneca, gigante mundial de biofarmacêutica, que tem unidade em Cotia, é a primeira empresa a se comprometer com a iniciativa, onde deverá fazer pesquisas relacionadas com Internet das Coisas, robótica e cidades inteligentes e dados em São Paulo.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22) durante o Fórum Econômico Mundial, na Suíça, por meio de um vídeo do governador João Doria, e do chairman da AstraZeneca, Leif Johansson.

O C4IR, é baseado em São Francisco, nos Estados Unidos, e tem unidades na China, Japão e Índia. A unidade de São Paulo abrirá em abril, durante um evento que será uma versão paulista do Fórum Econômico Mundial.

O centro ficará no campus do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP e terá como foco “co-desenhar, testar e refinar modelos de governança de políticas públicas que maximizem os benefícios e minimizem os riscos de tecnologias emergentes” e na criação de “projetos-piloto que possam ser adotados em todo o mundo”.

O texto, por outro lado, não revela nenhum detalhe mais prático como investimento total, número de pesquisadores ou mesmo a data de abertura.

O link das atividades do centro com a AstraZeneca é fácil de ver: Tecnologias de IoT podem ser usadas para monitoramento das condições dos pacientes, gerando o problema de como lidar com os dados, por exemplo.

No ano passado, João Doria já havia assinado um protocolo de intenções com a AstraZeneca para uma parceria de cooperação com o Hospital das Clínicas, durante uma visita à Inglaterra. A intenção é modernizar a instituição dentro do modelo 4.0, um escopo bem próximo do anunciado hoje.

O Hospital das Clínicas não chega a ser mencionado na nota sobre os acontecimentos em Davos. Talvez a iniciativa anunciada em julho do ano passado tenha evoluído resultado no novo centro.

Com atuação em Cotia, a AstraZeneca atua em vários países do mundo e o Brasil é um dos poucos locais que ainda não contam com um centro de pesquisa e desenvolvimento.

Por Maurício Renner – editor do Baguete Diário