Em maio, indústrias de Cotia demitiram mais trabalhadores

Retração no estado foi de 0,33% em relação ao mês de abril é menor que a registrada em igual período de 2014 e 2015 

Em maio de 2016, o Nível de Emprego da indústria paulista, sem o ajuste sazonal, sofreu recuo de 0,33% em relação ao mês de abril, o que representa perda de 7.500 postos de trabalho no período. No acumulado do ano até maio, foram registradas 41.000 demissões, de acordo com o levantamento do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon), divulgado nesta sexta-feira (17/6).

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Cotia (região composta por seis municípios) apresentou resultado negativo. A variação ficou em -0,11%, o que significou uma queda de aproximadamente 50 postos de trabalho.

No ano, temos um acumulado de-2,10%, representando uma queda de aproximadamente 1.100 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 7,02%, representando uma queda de aproximadamente 3.900 postos de trabalho.

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do Ciesp em Cotia foi influenciado pelas variações negativas de Veículos Automotores e Autopeças (-2,10%);Produtos Alimentícios(-1,46%);Produtos de Borracha e de Material Plástico(-0,59%)e Produtos Químicos(-1,02%),que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do indicador total da região.

A tabela abaixo mostra o comportamento setorial dos meses de maio de 2015 e 2016 e os acumulados no ano e em 12 meses:

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O gerente do Depecon, Guilherme Moreira, explica que ainda não há nenhum sinal de uma retomada do emprego no Estado. Em sua análise, a perda de vagas em maio foi ruim, no entanto, não é o pior maio da série e está abaixo das demissões registradas no início do ano no setor. “Janeiro, que é um mês em que normalmente se contrata, tivemos 14.500 demissões e em fevereiro, 13 mil.

A projeção para este ano é a eliminação de 165.000 vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas em 2015. De acordo com Moreira, apesar da esperança de que o ritmo das demissões perca força, ainda não será suficiente para que parem as demissões este ano. “O índice de confiança do empresariado tem melhorado, mas transformar isto em contratações leva um bom tempo ainda, porque o emprego é a última variável a reagir. Primeiro retoma a produção, o investimento, e por último será o emprego”, conclui.

Setores 

Em maio, 16 setores dos 22 pesquisados tiveram queda no índice de emprego, 5 se comportaram positivamente e um ficou estável.

Dos setores que mais registraram queda nos postos de trabalho estão Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios (-1.519 postos); Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-1.330 postos) e Produtos de Borracha e Material Plástico (-1.043 postos).

O destaque das contratações ficou para os setores Produtos Alimentícios (852 postos de trabalho), Produtos Diversos (243 postos) e Coque, Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (180 postos).