“E por falar em ANGÚSTIA…”, é tema da coluna da psicóloga Gabriela Uchoa

O texto de hoje é pra falar de angústia. Ok?

Mas será que este é um tema que desperta interesse? Será que vou conseguir escrever um texto de fácil compreensão? Será que tenho conhecimento suficiente pra escrever a respeito e apresentar conteúdo satisfatório?

Grande parte das situações cotidianas enfrentadas por todos nós envolve angústia. Quando estamos diante de um trabalho novo, quando pretendemos cumprir uma meta, quando planejamos algo e temos que lidar com a expectativa do “será que vai dar certo?” ou “será que vai dar tempo?”… Ou o simples fato de escrever um texto que será publicado e lido por conhecidos e desconhecidos. Lá vem angústia…

Isso é normal! Todos nós vamos experimentar em algum momento ou em vários deles o sentimento de angústia. Mas para que e por que será que ela existe?

Se eu parar pra analisar mais profundamente o que é que me deixa angustiada, talvez eu consiga “modificar” o sentido negativo da angústia e transforma-la numa ferramenta de incentivo ao invés de cultivar sentimentos que me impeçam de ir em frente com o plano de escrever por causa do medo do que pode ou não acontecer com o resultado final.

Neste caso, a angústia em escrever o texto tem a ver com o medo de ser julgada, mal interpretada, criticada e/ou desapontar, não corresponder às expectativas dos leitores. Enquanto pensamos que a angústia é apenas um medo irracional, esquecemo-nos que, na maioria dos casos, seria irracional NÃO angustiar-se. Pensemos por exemplo numa pessoa que recebe o resultado de um exame importante e descobre que está doente. É muito natural e completamente compreensível que ela se sinta angustiada. Estranho seria se ela não se preocupasse, certo? Embora alguns medos irracionais possam fazer parte desta angústia, o fato de preocupar-se não é irracional.

Independente das divergências que possam existir entre as teorias que tentam interpretar ou definir ANGÚSTIA, é fato que ela faz parte do nosso cotidiano e que lidar com ela faz parte do processo de desenvolvimento saudável da nossa maturidade emocional.

A questão é, portanto, o quanto a angústia causa ou não impedimentos/prejuízos na realização dos projetos de vida e manutenção de uma rotina saudável, a começar, por exemplo, pela simples tarefa de escrever um texto.

Bem, eu já vou terminando, superei mais esta! E você? O que tem feito para trabalhar suas angústias e transforma-las em energia positiva para superar desafios e alcançar realizações?

*Gabriela UchôaPsicóloga – Escreve  quinzenalmente  no Jornal Cotia Agora. Contato: [email protected]