Dois dias em Budapeste com “Estrangeira”

A gente finalmente fez uma viagem que já estava na nossa lista de mais desejadas faz tempo: Leste Europeu (ou pelo menos, uma parte dele). E começamos por Budapeste, na Hungria. Ficamos dois dias inteiros na cidade; deu pra ver bastante coisa, mas se você puder separar no mínimo três dias pra Budapeste, fica mais tranquilo.

A primeira coisa que você precisa saber é que a cidade é divida em duas partes principais, cada uma de um dos lados do Rio Danúbio: Ôbuda e Peste. Antigamente eram de fato duas cidades, depois tudo virou Budapeste, mas as pessoas de lá ainda consideram essa divisão – e nós também dividimos o nosso passeio assim, pra ficar mais prático. O nosso primeiro dia dedicamos à Peste, que inclusive é a parte onde estávamos hospedadas. Essa metade é a maior, e mais de 70% da população de Budapeste mora ali.

Seguimos andando até o Parlamente da Hungria (abaixo), chegamos lá em 15 minutos de caminhada. Budapeste não é muito grande, você consegue tranquilamente fazer tudo a pé, se tiver pique. O Parlamente é lindo, um dos prédios mais bonitos que já vi e também um cartão postal de Budapeste. Ficamos sabendo que ele foi construído com toda essa imponência pra competir em beleza com o Parlamento da Inglaterra. Ali ficam aqueles guardinhas engraçados e é legal ver a troca da guarda.

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Dali seguimos para a Basílica de São Estevão (abaixo). Ela é bem bonita e imponente por dentro com seus vitrais, e por fora com sua arquitetura gótica. Uma dica que a gente dá é subir lá pra cima na cúpula, onde você pode ter uma vista muito legal da cidade, principalmente de Obuda que está lá do outro lado do rio.

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Saímos da igreja e paramos pra almoçar num restaurante ali na frente mesmo. Comemos a super tradicional Goulash Soup (uma sopa de legumes e carne, nada muito diferente mas ainda assim, tradicional). A Fabia comeu um prato de carne de porco com panqueca de repolho e purê de beterraba, também típica, eu fui no frango com queijo de cabra.

New York Cafe
New York Cafe

Seguimos para o New York Café. É o café mais lindo do mundo. Ele é de 1894 e todo Art Deco, dourado e imponente por dentro. Deixa a Confeitaria Colombo, que nós amamos, no chinelo.Lá tem bastante coisa pra comer e beber, além das bebidas com café. Cada uma tomou um sorvete especial diferente (o meu era de queijo com castanhas e caramelo!) e depois, um expresso da casa que estava bem gostoso. O café abre das 9h à meia noite diariamente.

Quando saímos dali já era 19h, e como na primavera estava escurecendo às 20h e queríamos correr pra Chain Bridge (ponte das Correntes), a mais famosa de Budapeste para ver o pôr do sol dali.  Só de andar pela ponte já foi uma experiência incrível. Ela tem esculturas de leões imponentes, é toda bonitona. Tiramos tanta foto que sofremos pra escolher uma pro post! Andamos nela até o outro lado da cidade, Obuda, mas nem conhecemos nada por ali. Sentamos num banquinho perto da ponte e observamos o pôr do sol e admiramos Peste. Quando o sol baixa, as pontes e monumentos da cidade são iluminados. O Parlamento todo iluminado do outro lado e seu reflexo no Danúbio parece uma pintura.

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No dia seguinte, acordamos cedo pra conhecer Ôbuda! Fomos visitar o Castelo de Budapeste. Ele fica lá em cima na montanha, você vai ter que subir uns lances de escada e outros de morro. É possível subir também pelo funicular, mas neste dia não estava funcionando. Ali no Palácio do Castelo fica a casa do presidente, mas tem outros prédios importantes como a Galeria Nacional de Arte, Museu de História e a Biblioteca Nacional. Andando pelas ruelas você vai perceber uma Budapeste bem mais medieval. Andando mais um pouco você vai chegar em uma igreja gótica sensacional, a Igreja de São Mathias. Por fora ela é linda, mas por dentro é uma coisa de louco. É muito diferente, nunca tinha visto uma igreja católica assim. Ela é toda pintada por dentro, muito colorida e cheia de padrões. Tem algo árabe nela. Cada parede é rebuscada, as pinturas são muito legais. Vale a pena mesmo pagar esses mil florins.

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Ainda ali na área do Castelo de Budapeste subimos no mirador The Fisherman’s Bastion. A vista é espetacular, e pra subir ali você não paga nada!

Voltamos pra Peste, descemos pela rua Váci, que é super comercial com lojas famosas, principalmente de roupas e cosméticos. Chegando na praça Vörösmarty Tér, que fica na altura da Ponte Branca, demos de cara com uma feirinha incrível! A praça estava cheia de barraquinhas de roupas, acessórios e uma variedade incrível de comidas típicas dali. Aquele monte de salsicha, coisas diferentes com carne de porco, docinhos doidos e uma barraca super legal com uns pães diferentes e típicos.

 

Balões na Praça Vorosmarty-ten
Balões na Praça Vorosmarty-ter

Comemos dois pães ali: o Flat Bread que é bem tradicional, é uma massa leve que eles abrem e fritam no óleo quente por um minuto. Depois deixam secando e cobrem com um molho de alho, sour cream e queijo. O negócio é imenso, dá pra dividir tranquilamente. O outro pão, que chamamos de Pão no Ferro (mas em húngaro chama Vaslapon Sült) é feito de uma massa mais grossa e assada, com diversas opções de recheio – o nosso era de carne de porco – mas o mais legal é que, antes de fecharem o sanduíche, o pessoal da barraquinha coloca numa chapa e põe em cima um daqueles ferros de passar roupa super antigos, de ferro e pesadões! Também é grande e dá pra dividir. Tomamos uma dose de Palinká,  que é a bebida típica da Hungria. É bem forte, parece uma pinga com aromas. Tem vários sabores e o teor alcoólico é alto.

Banheiro Público
Banheiro Público

Depois que fizemos a digestão de tudo isso, corremos pra um dos passeios mais legais de Budapeste. Ir a um dos banhos públicos! Isso mesmo, a cidade é famosa por suas termas e enormes espaços de banhos públicos. São vários na cidade, de todos os tipos e tamanhos. Escolher o Géllert Bath,  que estava mais perto. Você entra e o prédio é bem grande e bonitão. Não esqueça de levar roupa de banho, hein! Toalhas você pode alugar lá mesmo.

São diversas salas, com piscinas e banhos de águas termais. Todas são quentes, as temperaturas das águas variam de 26 a 40 graus! É uma delícia entrar nas termas, relaxar depois de andar bastante e observar essa arquitetura meio turca muito bonita.

No geral, incluindo a hospedagem, comendo fora todo dia, tomando vinho, fazendo todos os passeios que queríamos tudo isso aí que vocês leram e ainda pegando alguns taxis (coisa que eu e a Fabia raramente fazemos quando viajamos sozinhas), esses dois dias em Budapeste saíram uns 80 euros pra cada. Que pena que não deu pra ficar mais…

A gente fez um vídeo mostrando tudo isso que fizemos em Budapeste – e muito mais – e você pode assistir nesse link aqui: https://www.youtube.com/watch?v=z7CXfQT47VI

Se você quer saber mais detalhes sobre essas e outras viagens pelo mundo acesse www.estrangeira.com.br

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*Gabi Torrezani, 23, é formada em Audiovisual pela USP e Fabia Fuzeti, 39, jornalista, fotógrafa e produtora de vídeos e escrevem sobre suas viagens mensalmente no Cotia Agora.