Desemprego na Grande SP fica estável em julho, diz Dieese

Taxa passou de 17,6% em junho para 17,4% em julho. Desempregados são 1,953 milhão, 37 mil a menos que no mês anterior.

O desemprego ficou estável na região metropolitana de São Paulo – a taxa passou de 17,6% em junho para 17,4% em julho, segundo o Dieese – Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos. O contingente de desempregados foi estimado em 1,953 milhão de pessoas em julho, 37 mil a menos do que no mês anterior. Em julho de 2015, a taxa foi de 13,7%.

De acordo com o Dieese, o resultado decorre da retração da População Economicamente Ativa (saída de 82 mil pessoas do mercado de trabalho). Já o nível de ocupação caiu, com eliminação de 45 mil postos de trabalho.

A taxa de participação, que expressa a proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, caiu de 63,6% em junho para 63,1% em julho.

Na comparação com julho de 2015, o contingente de desempregados aumentou em 439 mil pessoas, devido à retração do nível de ocupação (eliminação de 261 mil postos de trabalho, ou -2,7%) e ao aumento da força de trabalho da região (entrada de 178 mil pessoas no mercado de trabalho, ou 1,6%).

Nível de ocupação
Em julho, o nível de ocupação caiu 0,5%, e o contingente de ocupados foi estimado em 9,274 milhão de pessoas. Esse resultado decorreu da queda na indústria de transformação (-3% ou eliminação de 44 mil postos de trabalho), no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,2%, ou eliminação de 36 mil) e da relativa estabilidade na construção (-0,3% ou -2 mil). Já no setor de serviços houve crescimento de 0,7% na ocupação, com a geração de 38 mil postos de trabalho.

Assalariados
Segundo o levantamento, houve variação negativa de 0,5% no número de assalariados em julho em relação a junho. No setor privado, houve queda entre os com carteira de trabalho assinada de 0,5%, enquanto entre os sem carteira houve alta de 1,9%. Houve ainda queda no contingente de autônomos (-1,1%) e aumento no número de empregados domésticos (2,7%).

Rendimento
O estudo mostrou também que houve queda, na passagem de junho para julho, nos rendimentos médios reais dos ocupados, de 0,3%, e alta entre os assalariados (0,3%), que passaram a equivaler, respectivamente, a R$ 1.963 e R$ 2.034.

Por sexo e idade
Na distribuição dos desempregados por sexo, em julho, a porcentagem era de 48,5% entre os homens e 51,5% entre as mulheres. Em junho, era de 48,4% e 51,6%, respectivamente – aumento entre os homens e queda entre as mulheres.

Em relação à idade, na distribuição entre as faixas etárias, os desempregados com idades entre 16 e 24 anos e entre 25 e 39 anos eram na proporção de 39,3% e 35% em junho, contra 37,4% e 36,6% em julho, respectivamente. Já dos 40 a 49 anos ficou estável em 13,1%, e dos 50 aos 59 anos, subiu de 7,5 para 7,7%.

Do G1