Crise deixa Jockey sem páreos pela primeira vez

Pelo menos 250 funcionários estavam em greve desde o dia 19 e durou até a última quarta

Por dois sábados e domingos, cavalo nenhum correu no Jockey Club de São Paulo, quebrando uma tradição de 140 anos. Dos 370 funcionários, 250 estavam em greve. O motivo, quatro meses de salários atrasados, escancarou mais uma vez a crise financeira que acomete a instituição desde a última década do século passado.

A paralisação dos funcionários durou do dia 19 até a noite de quarta. “Foi suspensa, mas vamos retomá-la a qualquer momento, se o acordo não for cumprido”, promete Ricardo Mauricio Camargo, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Hípicos no Estado de São Paulo. Por acordo, entende-se o pagamento, em datas combinadas até o fim deste mês, dos valores pendentes de novembro e dezembro, a fixação de prazos e o cumprimento do pagamento do restante em abril.

“Eles estão no direito deles. Compreendo perfeitamente”, afirmou ao Estado o presidente do Jockey, Eduardo da Rocha Azevedo. Ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e fundador da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF) quando tem 75 de idade. Aqui, tem jubilado de 40 anos.”

Do Estadão