Cotia foi a cidade que mais demitiu no ramo de materiais de construção na RMSP

Os dados são do Sincomavi e aponta que 795 vagas foram fechadas somente em março. Pior resultado fica por conta da capital paulista.

Com exceção da Capital, entre as cidades da Região Metropolitana de São Paulo, Cotia foi a cidade que teve o maior número de demissões no ramo de materiais de construção.

Pelo segundo mês seguido o mercado de trabalho do varejo de materiais de construção da contou com número alto de demissões. Em março de 2016, o saldo ficou negativo em 795 vagas. Com esse resultado, o primeiro trimestre desse ano já contabiliza 818 empregos a menos no setor varejista de materiais de construção.

Nos últimos doze meses, foram cortadas 4.170 vagas no segmento. Desde 2007, quando se inicia a avaliação do departamento de economia e pesquisa do Sincomavi, o atual período reserva o pior desempenho em relação ao mercado de trabalho do setor.

Dentre os municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo, a capital (-471), Cotia (-61 vagas) e São Bernardo do Campo (-59 vagas) obtiveram as maiores reduções do mercado de trabalho formal em março.

Considerando o desempenho dos últimos doze meses, com saldos acumulados de abril/15 a março/16, as cidades com os piores desempenhos no ano foram São Paulo (-2.603 vagas) e Guarulhos (-452 vagas). Já os maiores saldos positivos registrados ficaram reservados para Barueri (+146 vagas) e São Bernardo do Campo (+114 vagas).

Para o economista Jaime Vasconcellos, o saldo negativo da movimentação do emprego no comércio varejista de materiais de construção na RMSP em março é bastante significativo e preocupante. “São quase 800 vínculos trabalhistas formais extinguidos em apenas um mês e mais de 4 mil vagas cortadas desde abril de 2015”, ressalta.

Não é possível dissociar tal realidade da queda portentosa das vendas. “Em janeiro de 2016, houve uma redução da receita de vendas no setor de materiais de construção do varejo paulista que superou os 20% em relação ao mesmo mês de 2015”, argumenta. Nesta mesma contraposição o desempenho de vendas na RMSP fica da seguinte forma: Região do ABCD: -14,6%; Região de Guarulhos: -20%; Região de Osasco: -0,1%; e Capital: -20,9%. “A queda no consumo e investimento impacta diretamente a receita de vendas e, consequentemente, a capacidade de gerar ou manter trabalhadores com carteira assinada”, finaliza Vasconcellos.

Sobre o SINCOMAVI – O Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros da Grande São Paulo foi fundado em 18 de outubro de 1934 e representa mais de 35 mil lojistas em 29 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Juntas essas empresas possuem faturamento anual superior a R$ 15 bilhões (2013) e respondem por mais de 90 mil postos de trabalho (2011).

Do Segs