Coluna espírita de Lucio Cândido Rosa: “O Velório” (Revisado)

Caros Leitores:

Publicamos novamente o artigo do dia 05/02/18, por motivo de incorreções.

Pedimos desculpas e estaremos atentos nas próximas publicações.

Obrigado pela atenção.

                                        A Redação

      Ah! O Velório!

Qual deve ser a nossa postura mediante a um velório?

  1. – Se possível manifestar bastante equilíbrio, para que possamos ajudar todos aqueles que estão a nossa volta.

Em desequilíbrio, não auxiliaremos ninguém, que está ao nosso redor porque estaremos nas mesmas condições em que eles se encontram ou até pior.

Com nossa energia negativa, poderemos piorar os sentimentos da parentela que ali se encontra: – encarnada ou até mesmo desencarnada! Além de outros espíritos em condições inferiores que por ali circulam.

Na questão 327 de o Livro dos Espíritos, Kardec pergunta: – O Espírito assiste o seu enterro?

R – “Frequentemente assiste, mas algumas vezes, se ainda está perturbado, não percebe o que se passa”.

Então, o nosso ente querido que já desencarnou, poderá estar presente, acompanhando tudo o que está acontecendo em seu próprio velório. Algumas vezes, até tentando nos transmitir que está tudo bem com ele em sua nova condição.

Por outras vezes, poderá apresentar um quadro de total desequilíbrio, vendo o que se passa, muita tristeza e, por vezes brigas horríveis por causa de herança etc. Sem nenhum respeito ao desencarnado! (L.E. questão nº327).

Mas, o por que tudo isso é possível? R. Porque não somos simplesmente, um corpo de carne. Temos também um corpo fluídico (chamado perispírito), que é uma cópia quintessênciada da matéria que compõe o corpo físico com o qual nos apresentamos na espiritualidade.

O corpo fluídico que envolve o Espírito lhe passa todas as sensações.

Sendo assim, nosso desespero e observações quanto á vida do desencarnado, poderá causar-lhe muito desconforto.

O corpo físico está inerte mas o fluídico não.

Não estamos querendo dizer que não devemos chorar a perda de quem muito amamos e que “se foi”. A dor da separação é inevitável.

Por outro lado, até devemos dar vazão a tudo aquilo que estamos sentindo ou corroendo por dentro, mas que seja a dor da saudade, não a do desespero em querer o ente querido de volta.

Não devemos deixar que isso seja uma constante em nossas vidas, pois irá paralisar nossa caminhada rumo a evolução e também irá impedir que aquele que se foi, em sua nova jornada espiritual, em paz, ao sentir o nosso desespero e sofrimento.

Vamos deixar cair no esquecimento? Vamos não deixar as lágrimas caírem?

R – Não! Essas lágrimas deverão ser de saudades, cheias de amor. E esquecê-los? Jamais. Necessitam do nosso carinho e orações para auxiliá-los a evoluir.

Evitar pensamentos negativos, a preocupação se estão sofrendo, se foram condenados ao purgatório ou ao inferno…

Questão nº 320 do Livro dos Espíritos: – Sensibiliza os Espíritos a lembrarem-se deles os que lhe foram caros na terra?

  1. – “Muito mais do que podeis supor. Se são felizes, esse fato lhes aumenta a felicidade. Se são desgraçados, serve-lhes de lenitivo”.

Devemos deixar de lado o senso de julgamento. Nós somos eternos julgamos e condenamos: – Está vendo o que fez durante sua vida? Agora está ai para ser devorado pelos bichos! Vai pagar tudo com juros e correção monetária.

Isso poderá soar como fortes agulhadas no Espírito do desencanado, que de acordo com seu grau de evolução reagirá imediatamente descarregando uma carga energética negativa, nos causando desconfortos, tais como: – uma forte dor de cabeça, um mal estar, uma angustia incalculável etc….

Podemos ter como referência, o Relato do Irmão Jacob, no Livro “Voltei” – psicografado por Francisco Cândido Xavier.

       Descreve sua passagem desde seus últimos momentos de luta contra a morte até sua chegada no mundo Espiritual.

As preces e as homenagens que foram feitas a ele, em seu velório ou posteriormente, ficará a encargo da Espiritualidade a transmissão desse acontecimento quando ele tiver o devido merecimento.

Caro leitor, muitas informações poderemos receber ao lermos esse livro.

Devemos esquecer tudo de ruim que aconteceu entre nós e o desencarnado. Precisamos arrancar de nossos corações essas questões dolorosas para quem fica e para quem vai. Nossa presença, com o devido equilíbrio, poderá transmitir o consolo necessário para os familiares.

E, quanto as nossas visitas periódicas ao cemitério, a espiritualidade nos traz vários alertas através das questões contidas no livros dos Espíritos.

Questão 323 – A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujo despojos corporais ai se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa? R – “Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato de rememoração santifica o ato de rememoração.  Nada importa o lugar, desde que é feita como o coração.

Devemos entender que debaixo da terra está somente o corpo físico. O Espírito não deverá estar mais ali.

O nosso pensamento, a nossa oração, poderá ser direcionada a ele através de uma missa (pelos católicos), O culto aos antepassados (pelos budistas), colocando os nomes em papeizinhos para a caixa de vibrações (pelos espíritas), etc….

E, na questão 322, recebemos mais uma informação: – “E os esquecidos cujos túmulos ninguém vai visitar, também lá, não obstante, comparecem e sentem algum pesar por verem que nenhum amigo se lembra deles?

R – “Que lhes importa a Terra? Só pelo coração nós achamos a ela presos. Desde que aí ninguém mais lhe volta atenção, nada mais prende a esse planeta o Espírito, que tem para si o Universo inteiro”.

Ainda podemos comentar que cultuamos aquele corpo físico por gerações, através de pessoas da família, sendo que o Espírito já reencarnou novamente. As orações sim. São recebidas de qualquer maneira, em qualquer lugar que esteja. Poderá ser uma sensação boa que não sabemos de onde procede.

Quer saber mais? Visite nosso canal no youtube:-  Caminhos do Espírito…

 

Bibliografia: “Voltei” – Irmão Jacob

Psicografado por Francisco Cândido Xavier

–  Livro dos Espíritos –

Parte Segunda –Cap. III – Da volta do

Espírito, existência da vida

Corpórea, à vida espiritual.

Cap. VI – Comemoração dos

Mortos – Funerais.

* Lúcio Cândido Rosa escreve sobre espiritismo semanalmente no Jornal Cotia Agora.