Coluna de Rafael Oliveira: Pearl Jam – Disco Gigaton: Enigmas e sensações

Não é a minha banda preferida, inclusive acho até o estilo deles – “Grunge/Alternativo” – bastante chato, desde o início da década de 90 muitas bandas semelhantes ao Pearl Jam fizeram muito sucesso pelos sons e combinações das mais diversas, com por exemplo o rap, as músicas eletrônicas e remixadas, os jovens que adoravam pistas de skates e outros esportes semelhantes, essa foi a geração que se divertia com o som.

O Grunge ele traz consigo exemplos coletados das raízes de estilos como o hardcore punk, indie rock e até mesmo do metal, sendo eles os mais fortes e presentes na maioria das canções populares, o ritmo veloz, canções curtas, o skype de voz (gritaria) sempre foram marcantes.

Uma das razões de não gostar do Grunge são as abordagens de suas letras que remetem sempre a angustia, depressão, isolamento social, baixa estima, negligência, abusos, traumas psicológicos, excesso de liberdade entre outros temas polêmicos considerados ruins, esses temas apesar de sensíveis, sempre estiveram ligados a valores juvenis dos anos tipicamente 80 e 90, mais forte na segunda década e que chegou a meados dos anos 2000 também.

Estamos ouvindo o disco do Pearl Jam – Gigaton, tenho certa dificuldade para falar sobre a temática, pois é complexa e cheia de enigmas que vão aparecendo conforme as faixas das canções vão sendo tocadas.

A canção “Dave Of The Clairvoyants” é tipo diferentão que quase ninguém percebe ao ouvir, a sonoridade essencialmente com a presença do “baixo” os “backing vocals” e a letra, remontam ao estilo da “new have”, “música alternativa” e até mesmo presença do “funk music” é difícil perceber esse tipo de coisa, precisa apurar os ouvidos bem, mas a essência está lá nesta faixa do disco.
O Disco Giganton ele traz ainda temas da angústia dos músicos contemporâneos, os temas climáticos, você pode notar desde o princípio com a capa do disco, um enorme bloco de gelo e o gráfico de supostamente um monitor de sinais vitais de um paciente.

Eddie Vedder não é um compositor objetivo em suas canções, ele constrói músicas a partir dos seus sentimentos, da atualidade, o que está no seu coração, enigmático, até de alguma forma conseguir conectar-se a milhares de pessoas no mundo todo.
Particularmente ouvi o disco inteiro e não consegui identificar as boas qualidades viscerais, dizem alguns que é o melhor trabalho do Pearl Jam, sinceramente acho que não, houve melhores.

A primeira canção do disco “Who Ever Said” é o típico som das canções tradicionais do Pearl Jam, sem muita novidade, apenas convidativo, ode ao estilo punk, a segunda faixa “Superblood Wolfmoon” é uma celebração ao rock alternativo, um típico de Talking Heads, agora “Alright” é uma balada bem sonorizada, com o vocal mais “barítono” de Eddie, que fala exclusivamente sobre o momento de isolamento que estamos todos vivendo.

A canção seguinte “Seven O’ Clock” não saberia dizer se combina com esse disco, mas penso que poderia ser alguma sobra ou uma single para usar de alguma outra forma.

Na sequência final do disco com “Comes The Goes”, “Retrogade” e “River Cross” são bem instrumentadas, os arranjos são bem feitos e marca os tons de voz de Eddie Vedder, talvez a parte do disco que mais gostei e não substituiria as canções e muito menos a ordem como elas são apresentadas neste disco.

Vamos ao disco e algumas canções:

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https://www.youtube.com/embed/ke3Vpv7fFKs?feature=oembed

Acesse os canais de mídia: Instagram: @pearljam

*Por Rafael S. de Oliveira – Mórmon/SUD – Com oficio de Elder, Diretor de Assuntos Públicos e Especialista de Bem Estar, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Vice-Presidente – O Observatório: Associação de Controle Social e Políticas Públicas da Zona Oeste de SP (mandato 2020-2023). Técnico em Políticas Públicas pelo PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil), Engenheiro de Produção e ex-gestor por 3 grandes empresas (Luft Logistics, IGO SP e TCI BPO). Apresentador e Produtor pela Rádio Meteleco.Net (Programa Garimpo) e Colunista no Jornal Cotia Agora (Caderno de Música, Discos, Experiencias e Cultura).