Coluna de Lucio Cândido Rosa: O Espírito Imortal e a reencarnação

Caro Leitor!

Em sua longa viagem rumo a evolução, o Espírito imortal agora encarnado vive a fase humana, depois de ter sido criado por Deus e estagiado em zonas inferiores da Natureza.

As sucessivas encarnações são os degraus que Espírito precisa galgar no caminho para alcançar a perfectibilidade, submetendo-se às limitações da existência corporal.
Deste modo, as encarnações são necessárias em função do progresso moral e intelectual, para ascender à condição de Espíritos puros.

Isso se torna compreensível quando, entendemos que numa única existência, e impossível adquirir todo o aprendizado necessário para sua evolução.
Dessa forma na erraticidade o Espírito revê o seu passado, reconhece os erros que cometeu elaborando seu retorno à vida no plano corporal.

Nessa fase de aprendizado, submete-se às provas necessárias que farão parte de sua nova existência corpórea. Mas esta nova experiência não significa para ele uma punição, e sim uma condição necessária, por força de sua falta de elevação moral.
E Deus é tão perfeito em sua justiça, que coloca ao nosso lado aquela pessoa ingrata, para juntos expiarmos nossas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que nos façamos merecedores de passar para um mundo mais feliz.

É algo tão fantástico, que se reúnem, na maioria das vezes, afetos e desafetos para programar a nova existência.
A expiação consiste em o homem sofrer aquilo que fez os outros sofrerem, abrangendo sofrimentos físicos e morais, seja na vida corporal, ou na vida espiritual.
Tais sofrimentos, quando bem suportados, com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria.
Em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o Espírito que o leva a se aperfeiçoar, enveredando pelo caminho da perfeição.

“Orai e crede! Porque a morte é a ressurreição, e a vida é a prova escolhida durante a qual vossas virtudes cultivadas devem crescer e se desenvolver como cedro”
A prova às vezes confunde-se com a expiação, mas nem todo sofrimento é indicio de uma determinada falta. O sofrimento pode ser uma opção do próprio espírito com o objetivo de acelerar a sua purificação. Deste modo a expiação será sempre uma prova, mas a prova nem sempre será uma expiação, pois existem muitas coisas acontecendo em nossas vidas que fazem parte do momento presente.

Missão todos temos uma a cumprir, neste ou em outros mundos mais ou menos adiantados; todos temos um papel a desempenhar dentro da harmonia e do equilíbrio do Universo. Assim, as missões de modo geral, enquadram-se em papeis de maior ou menor intensidade, de acordo com o grau de evolução do espírito reencarnante. Há a missão de pais, a missão de governantes, dos mestres dos homens de ciência, médicos, etc.

Mas existem Espíritos que reencarnam com a missão específica: desempenhar a sublime tarefa de semear a paz, a caridade, o amor ao próximo e de promover o avanço intelectual da humanidade. Para estes, a encarnação não tem a finalidade de prova ou expiação, mas a missão de acelerar o progresso da humanidade.

A encarnação, enquanto instrumento divino que permite ao Espírito sua aprendizagem, leva-o a passar por todas as vicissitudes da vida material. Quanto mais rapidamente o Espírito se purificar e assimilar todo seu aprendizado, mais depressa chegará ao destino para o qual foi criado: a perfectibilidade.

Muita paz a todos!

* Lucio Cândido Rosa escreve quinzenalmente sobre espiritismo e espiritualidade no Jornal Cotia Agora. Quer enviar sugestão de algum tema para que ele aborde? Envie para o email [email protected]