Psicóloga Regiane Campos: O medo aumenta com a idade ?

A dor do medo

Tenho recebido pessoas e mensagens que me contam sobre seu sofrimento por não conseguirem fazer coisas que antes eram simples e até mesmo automáticas. Por exemplo: dirigir um carro, fazer uma compra, tomar uma decisão. Assim como o questionamento do por quê isto acontece.

Será que meu momento de vida influencia na intensidade do medo que sinto?

Com certeza a fase de vida que estamos passando influencia a intensidade do nosso medo. Veja só: o bebê não tem referência de perigo por isso tudo pode pôr sua vida em risco. Na adolescência ficamos turbinados de coragem e sedentos por viver as experiências; por isso a questão do risco para os jovens é pouco importante. Quando nos tornamos pais percebemos que “é o agora que importa”, pois a dependência e a grande necessidade dos pequenos passa tão rápido, que o que parecia ser um caos fica somente na memória muito antes do que podemos imaginar.

Os 2 lados da emoção do medo

O medo trazido na nossa programação nos ajuda a nos manter vivos, mas se ele estiver em quantidade exagerada pode nos impedir de fazer coisas que gostaríamos como: uma mudança de carreira, o término de um relacionamento abusivo, a experiência de ter um filho.

Por que então, sinto que meu medo aumenta?

É intrigante o medo em nossa trajetória de vida aumentar ao invés de diminuir, não é? O que acontece é que tudo o que passamos, de bom ou de ruim, vai compondo nossa bagagem emocional. Assim como no caso das responsabilidades, as experiências vão se tornando maiores e, quando não conseguimos compreender o que uma emoção está querendo dizer e o que estamos necessitando naquela situação, vamos nos tornando mais receosos e por vezes, nos percebemos paralisados frente a situações que antes eram simples de se viver.

Tem como diminuir o medo que sinto?

É claro que é possível e o caminho é gerenciar a energia que está presente no medo. Isso pode ser feito através do exercício da observação, nele podemos identificar a emoção que sentimos e aproveitar as informações sobre seus riscos; que nada mais é que o “lado bom do medo”. Depois disso é tomar coragem para dizer ao medo: “Obrigada pelas informações, agora você já pode ir embora!”

O Resultado: Uma vida com o medo sob controle

É simplesmente maravilhoso poder viver as situações sem a presença do medo, que quando fica descontrolado pode se transformar em quadros de ansiedade: o mal da nossa época. Ao identificarmos qual a necessidade está presente no que sentimos, por exemplo, necessidade de ser reconhecida(o), de pertencer a um grupo, de ser amada(o) podemos aproveitar a energia do medo para encontrar formas de satisfazê-las.

Com isso nossa mala de emoções vai ficando cheia de experiências positivas; que gera satisfação e coragem para encarar melhor quando novas adversidades surgem. E por mágica, brincadeira, pela prática de ter as emoções sob nosso controle começamos a nos sentir mais corajosos(capacitados) para viver situações desafiantes da vida.

* Regiane Campos – CRP 06/ 58579 – Psicóloga Clínica e Consultora Executiva escreve quinzenalmente no Jornal Cotia Agora. Telefone: 9-9003 3346
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