Psicóloga Regiane Campos: Dá para viver bem, com alegria e respeitando o medo?

Tenho ouvido muitas pessoas dizerem que não dá para “viver a vida e pensar no futuro” e, isto me faz pensar se, para ser feliz precisamos colocar em risco nossa integridade; seja ela física, financeira ou ética?
Quando nos deparamos com esta questão, alguns de nós escolhe viver o presente sem considerar o bem estar próprio e do outro, levando em conta a satisfação imediata. Há também os que escolhem negar suas necessidades e sonhos para viver uma vida “politicamente correta”.

Por que somos extremistas em nossas escolhas?

É mais comum do que imaginamos, quando estamos diante de 1 situação que exige decisão optarmos pelos excessos ou pela falta. Mas por que agimos assim?
Pessoas não são assim por maldade, mas sim por que não foram ensinadas a se ouvirem e a identificarem o que realmente é bom para si e para os outros.

A alegria oferecida em prateleiras e sites

A sociedade atual vende, de forma muito eficaz, a mensagem que a alegria “só” será encontrada em carros automáticos e potentes, em Smart TVs com led e 82”, em tour pela Europa ou em um “corpo perfeito”…
…Só que as compras não tem dado conta da necessidade de ser feliz e posso falar isso com segurança, pois tenho ouvido muitas pessoas dizerem: “Falta algo.”, “Estou insatisfeito(a)!”, “Mesmo tendo tudo não sou feliz!”

E quando o medo nos paralisa?

Por outro lado quando escolhemos “o seguro”, “o certo” e “o socialmente aceito” pelo grupo que pertencemos; possivelmente esta emoção está fazendo morada em nós e os pensamentos que nos rodeiam são: “É melhor nem pensar nisto!”, “Não está tão ruim assim.” “Deixa do jeito que está.”, “Vai que não dá certo, vão me dizer que tinha me avisado.”

Como tornar o medo um aliado e conseguir curtir as alegrias?

Assim como outras emoções, o medo tem seu lado bom e ele se mostra quando nos manda mensagens sobre a nossa necessidade de se preparar para o que vamos fazer seja; com planejamento, conselhos de pessoas que confiamos ou simplesmente no resgate das lições aprendidas em nossas experiências anteriores.
Já as “pequenas alegrias” são situações que acontecem com relativa frequência em nossa vida. Sabe aquelas situações da nossa rotina onde sentimos prazer? Um exemplo que gosto bastante é o de quando estou faminto e me alimento com um prato que pode até ser simples, mas muito bem feito, com alimentos que gosto e aprecio.
E assim, quando eu me dou a oportunidade de viver o momento, eu posso sentir a satisfação que é despertada; isto nada mais é do que 1 “pequena alegria”.

Onde estão as “pequenas alegrias”?

As pequenas alegrias estão em situações do nosso dia. Sabe quando saímos de casa, ou em um parada para um café com um colega de trabalho, podem estar também no encontro com nossos filhos e companheiros de uma vida, no passeio sem muito planejamento no final de semana.
E lembrem-se: estas situações não precisam de muito dinheiro para ser vividas…
Finalizando, o exercício de várias “pequenas alegrias” ajuda nosso cérebro a liberar substâncias que manterão por mais tempo a sensação de felicidade e bem estar em nós.

Então dá para viver a vida sem ficar paralisado com as “neuras” (ideias fixas) e sem se expor a riscos desnecessários. Entende?

* Regiane Campos – CRP 06/ 58579 – Psicóloga Clínica e Consultora Executiva escreve quinzenalmente no Jornal Cotia Agora. Telefone: 9-9003 3346
Instagram: https://www.instagram.com/regianecamposgestaoemocional/
Youtube: https://youtu.be/5CbChj0Ns_k
Facebook: https://www.facebook.com/pg/regianecamposgestaoemocional/
email: [email protected] /
Consultório 1: Rua Vaticano – Jardim Fontana – Cotia , próximo ao retorno do Km 26 da Raposo Tavares e do Assaí Cotia na estrada do Embú, Consultório 2: Rua Arão Adler – Jaguaré , atrás do Shopping Continental e do Terminal de ônibus Vila Yara e Consultório 3: Av Álvaro Ramos – Belenzinho, ao lado da estação de Metrô Belém.