Dr. Thiago Camargo aborda o câncer de próstata

Novembro Azul trata-se de campanha focada na prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, um dos mais incidentes na população masculina.

Estudos apontam que alguns casos de câncer de próstata são assintomáticos, o que torna essencial a prevenção.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos procurem um médico urologista para iniciar a prevenção da doença. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra, fumantes, obesos) devem procurar o médico urologista a partir dos 45 anos. Normalmente o câncer de próstata só causa sintomas em estágios avançados. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de aproximadamente 90%. Os dois principais exames são o PSA (colhido no sangue) e o toque retal. Somente a dosagem alterada do PSA não fecha diagnóstico para o câncer de próstata, mas em muitos casos é um indício da doença.

O diagnóstico precoce da doença é importante não apenas para diminuir a mortalidade, mas também para garantir uma melhor qualidade de vida pós-câncer, com menos efeitos colaterais.

A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Localizada abaixo da bexiga cuja principal função – juntamente com as vesículas seminais – é a produção do esperma. A próstata normalmente começa a aumentar de tamanho (hiperplasia) a partir dos 40 anos e o câncer de próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada.

Caso o diagnóstico não seja precoce e o tumor já esteja avançado, o paciente pode sentir dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, além de dor nos ossos, queda do estado geral e até mesmo insuficiência renal. Alguns sintomas também podem acontecer somente por um simples aumento benigno da próstata, que costuma ocorrer após os 40 anos. De acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento, que podem ser inasivos (cirúrgicos associados ou não com radioterapia) ou conservadores (radioterapia exclusiva).

Segundo estudo feito por pesquisadores britânicos das universidades de Cambridge, Oxford e Bristol, homens que consumirem mais de dez porções de tomate por semana podem reduzir em 18% os riscos de câncer de próstata.

Os pesquisadores analisaram a alimentação e o estilo de vida de cerca de 20 mil homens entre 50 e 69 anos de idade e concluíram que aqueles que consumiam mais de dez porções de tomate por semana – na forma de salada de tomate fresco ou suco de tomate, por exemplo – reduziram em 18% o risco de câncer de próstata. Já aqueles que consomem as recomendadas cinco ou mais porções de frutas e legumes por dia podem diminuir em 24% o risco de apresentar a doença no futuro, em comparação com homens que comem duas porções e meia desses alimentos ou menos.

*Dr. Thiago Camargo (CRM 107445) é ginecologista e especialista em saúde da mulher e escreve no Cotia Agora.