Autor de cotovelada em mulher ganha liberdade condicional

A Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos concedeu liberdade condicional ao comerciante Anderson Lucio de Oliveira, também conhecido como Tingo, condenado por ter agredido com uma forte cotovelada a auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar, em agosto de 2014.

Tingo havia sido condenado a cinco anos de prisão por lesão corporal grave com agravante de crime contra a mulher, e deixou a Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado”, de Tremembé, na última sexta-feira (6), onde já cumpria o regime semiaberto.

Da pena de cinco anos, foi descontado o período de um ano que o comerciante passou preso durante a investigação e julgamento do caso.

Relembre o caso

Fernanda sofreu traumatismo craniano após ser atingida com uma cotovelada pelo comerciante em frente ao São Roque Clube na madrugada de 16 de agosto de 2014. Ela ficou 15 dias internada no Hospital Regional, em Sorocaba, onde chegou a ficar em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Após ter alta, no dia 2 de setembro, Fernanda foi para a casa de parentes, onde ficou por alguns dias. Em seguida, ela passou um mês internada em uma clínica psiquiátrica de São Roque, onde passou por tratamento neurológico. No dia 16 de setembro, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decretou a prisão preventiva por tempo indeterminado do comerciante.

Em agosto de 2015 Tingo foi julgado pelo júri popular e durante seu depoimento, o mesmo afirmou que não teve intenção de agredir Fernanda. Já a vítima afirmou que não se lembrava do que teria dito à Anderson e o que teria motivado a cotovelada.

A auxiliar de produção também disse que não estava bêbada, que tinha tomado uma cerveja e duas taças de vinho, e que só entendeu o que tinha acontecido quando viu as imagens da agressão na TV.

Dois bombeiros que atenderam a ocorrência foram ouvidos. Um deles afirmou que nenhuma testemunha que estava no local no momento indicou o motivo da queda e que encontrou a vítima agitada e vomitando. Além dos bombeiros, também foram ouvidas seis testemunhas, entre elas a madrasta da vítima e a ex-mulher de Anderson.

Tingo também alegou que não socorreu a vítima por não saber o que fazer na hora, e não conversou com os bombeiros por ter medo da reação das pessoas. Ao sair do Fórum, escoltado e algemado, o comerciante sorriu e gritou para os familiares e amigos que aguardavam o fim do julgamento.

Por Gabriele Pinho – JE Online