Atleta e professor de taekwondo de Cotia são destaques em matéria do Globo Esporte

O atleta Leandro Abner Souza e o técnico Geraldo Siqueira, que já foram personagens de diversas matérias exclusivas no Jornal Cotia Agora, foram destaques em reportagem do Globo Esporte.

Logo após os Jogos Olímpicos do Rio, ainda em 2016, Leandro Souza conquistava a medalha de bronze no Mundial Júnior de taekwondo. Surgia em Cotia, uma promessa olímpica. Dois anos depois, porém, o atleta hoje com 19 anos continua sem apoio, sem patrocínio algum, e precisou deixar a casa dos pais e a academia onde foi formado para continuar com o sonho de disputar uma Olimpíada. Seja a próxima, seja em 2024, 2028…

“É o grande sonho de qualquer atleta. Então, sonhar com uma Olimpíada é a coisa mais fácil. O problema é estar lá. Mas um dia a gente vai chegar”, disse Leandro.

Dois anos atrás, além de ainda morar com a família em Caucaia do Alto, Leandro treinava com Geraldo Siqueira, em uma academia do bairro. Desde 2018, o lutador passou a treinar no NAR (Núcleo de Alto Rendimento de São Paulo), na zona sul da capital paulista, com o mestre de Geraldo, o ex-treinador da seleção brasileira Carlos Negrão.

“Ele se foi, mas depois eu acabei entendendo que era pra uma melhor. Pra um bem comum. Isso faz bem pra ele e faz muito bem pra mim também. Não está me abandonando, ele está carregando o nome do grupo, o que é muito importante” afirmou Geraldo.

Leandro deixou uma academia acanhada para treinar com equipamentos modernos e um time de jovens e promissores lutadores de todo o país. Além disso, agora tem o acompanhamento de nutricionista, fisioterapeuta e preparador físico.

“Tudo pra mim, trabalhando pra mim. Então, quando eu chego eu só tenho que lutar”, destacou.

“O Leandro tem um talento natural pro taekwondo. ele tem velocidade, muita explosão, que é a principal característica do taekwondo. E ele tem uma inteligência tática muito grande para idade dele” ressaltou o mestre Negrão, que tem 14 anos de seleção e duas Olimpíadas como técnico.

Na nova equipe, são 16 atletas com alimentação bancada pelo NAR. Um empresário, que patrocina o time, ainda banca a moradia deles. E Leandro também conseguiu uma bolsa de estudos para cursar a faculdade de Educação Física.

No tatame, a luta agora é para voltar à seleção brasileira. Ele é, atualmente, reserva do time na sua categoria em 2019. Mas aí surge um antigo problema. Para ele chegar naquele Mundial júnior de 2016, precisou fazer uma vaquinha para viajar ao Canadá. Assim, em 2019, para retornar à seleção, ele precisa competir fora do país… Logo, novamente teme a falta de dinheiro.

“Tem Grande Slam, que é o primeiro passo pra entrar na seleção. Aí tem outros campeonatos internacionais, como US open, Argentina open, campeonatos grandes lá fora. Espero não ter que fazer vaquinha”, refletiu.

O sonho de ir para os Jogos Olímpicos, entretanto, esse ele não muda.

“Eu continuo o mesmo, porém, sonhando mais do que eu sonhava dois anos atrás. Treinando mais do que eu treinava. O sonho é o mesmo: Tokyo 2020”.

Confira a reportagem em vídeo AQUI.