Apae Cotia projeta ampliar atendimento em 2018 e busca novas parcerias com a iniciativa privada

Mesmo com ajustes no orçamento todos os projetos serão mantidos no próximo ano

Ao fazer o balanço de seu primeiro ano de gestão como presidente da Apae de Cotia, Paulo Generoso, considera que venceu a crise  e comemora o fato de entrar 2018, com praticamente todos os programas funcionando. Mas ressalta que a instituição continua a buscar parcerias para ampliar atendimento.

Durante este ano, a Apae de Cotia atendeu quase 300 pessoas por mês, além de 180  consultas no Laboratório de Diagnósticos  que avalia crianças e outras pessoas com suspeitas de alguma deficiência intelectual, com uma equipe multidisciplinar.

De acordo com Generoso, para o próximo ano, este e os demais projetos fundamentais como  Programa de Estimulação Precoce (PEP), o Programa  Profissionalizante (PROF) e  o Programa de Apoio a Educação Inclusiva (PAEI),  continuam. A única alteração será a substituição do Programa de Fortalecimento de Vínculo, que atende crianças e adolescente da comunidade com atividades recreativas e reforço escolar, pelo “Mais de 30”, que como o próprio nome já diz atende os adultos.

Uma das polêmicas que norteou o universo das Apaes em todo o estado de São Paulo,  foi referente o funcionamento das escolas especiais. Por determinação de lei estadual todas as crianças com deficiência intelectual devem ser incluídas na rede pública ou outras escolas.  “Mas sabemos que isso não é possível, muitas crianças e adolescentes com deficiências graves não conseguem se adaptar a uma sala de aula com outras crianças”, lembra Paulo.  “Então, acatamos a orientação da Federação das Apaes e vamos manter a escola”, comenta.

Com relação ao orçamento, o presidente falou sobre o desafio que foi manter a entidade financeiramente saudável em ano de crise. A Apae é uma instituição sem fins lucrativos e se mantém principalmente de verbas oriundas do setor privado, por meio de doações. “Tivemos que fazer ajustes para fechar o ano com caixa positivo.  Algumas demissões foram inevitáveis, mas conseguimos enxugar o custo mensal da casa de R$ 174 mil para R$ 98 mil, sem reduzir atendimento.”.

Além da iniciativa privada, a Apae recebe verbas do setor público.  Uma parte do Estado por meio do Conselho de Assistência Social.  O governo do Estado também repassa o valor mensal de  R$ 291,00  por cada aluno da escola especial, que apesar do aumento de 6,28% para 2018, (R$ 358,00), está muito aquém do  necessário. Segundo Generoso o custo de cada um dos 89  estudantes  nas salas de aula é de R$ 1.069,00.

A Prefeitura de Cotia não faz nenhum repasse em dinheiro, mas por conta da escola, contribui com a Internet, dois professores, a alimentação para os alunos da escola através da empresa SP Alimentos e com 500 litros mensais de combustível para os veículos de transporte de alunos que ficaram fora do Transporte Escolar Gratuito (TEG).

Metas para 2018
A Apae ganhou duas novas salas no novo prédio, anexo a atual sede que foi construído por uma empresa que teve uma multa convertida em ação social. Com isso, Paulo Generoso vai mudar a sala da administração e o bazar para o novo espaço, Assim terá a possibilidade de  ampliar em pelo menos 20%  capacidade de atendimento. “Mas para tanto também vamos depender de aumento da receita”, ressalta.

Para aumentar a receita, o presidente reforça a campanha #105 – Você completa nosso coração e anuncia a criação do Selo Apae de Responsabilidade Social, que será concedido às empresas que colaborarem financeiramente com a instituição.  As empresas também podem patrocinar projetos como PEP, o PROF ou PEAI e como contrapartida terem suas marcas divulgadas nas ações da Apae.  O bazar permanente é outra forma de aumentar a receita mensal e será ampliado com as novas instalações.

Sobre a Apae de Cotia
Associação de Pais e Amigos do Excepcional é uma instituição sem fins lucrativos, cujo objetivo é garantir às pessoas com deficiência um espaço digno na sociedade.

Em Cotia, a Apae abriu as portas em maio de 1989 e atualmente atende cerca de 240 pessoas entre crianças e adolescentes, que são atendidas por equipe multidisciplinar em diversos programas e atividades. Para manter as atividades, a Apae de Cotia assim como todas as outras no Brasil, conta com recursos da iniciativa privada e parcerias com governos municipal, estadual e federal.