Anvisa inicia debates sobre regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil

A primeira audiência da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre dispositivos eletrônicos para fumo aconteceu na quinta-feira (8).

Representantes de indústrias, ativistas, organizações médicas e produtores de tabaco estiveram presentes no evento, sediado na sede da Anvisa em Brasília.

O cigarro eletrônico é um dispositivo para fumar. Visualmente parecido com um cigarro ou charuto, ele funciona a partir da transformação de um líquido em névoa, que então é aspirada pelo usuário.

Contendo nicotina, o produto também pode manter a dependência do indivíduo. O tal líquido também leva propileno glicol – aditivo alimentar de sabor amargo – e aromatizantes ao gosto do fumante.

Segundo a Assessoria de Comunicação da Anvisa, tais dispositivos ainda não são liberados pois “não existem estudos que comprovam a segurança na utilização do produto”, destacando também “o poder do produto para atrair usuários jovens, instigando o hábito de fumar”.

A agência ainda afirma que “os e-cigarettes também não têm comprovação de que promova a cessação de uso dos cigarros convencionais”. Por vezes, o indivíduo pode utilizar ambas as modalidades, intensificando o hábito.

Fabricantes do cigarro eletrônico, no entanto, argumentam que “esse tipo de produto é menos prejudicial à saúde”, por não operarem com a combustão do tabaco, apenas seu aquecimento. Isso diminui o número de substâncias químicas ingeridas pelos fumantes.

A próxima audiência será no Rio de Janeiro, em 27 de agosto. A aposta das indústrias e adeptos aos “cigarros eletrônicos” é de que o processo se estenda até uma eventual consulta pública, que ajudará a Anvisa a decidir sobre a regulamentação ou não destes produtos.

Do Metro