A importância de uma educação financeira

Coach financeiro avalia que, desde cedo, é preciso saber se planejar e controlar gastos.

Segundo o Ministério da Educação, as crianças devem ficar pelo menos nove anos na escola para aprenderem vários conhecimentos de áreas especializadas antes da vida adulta, como a matemática, a língua portuguesa, história, geografia e tantas outras. Porém, não existe uma disciplina que ensine as crianças e os jovens em como obter inteligência financeira.

É errado pensar que não é importante ensinar as crianças como administrar seu dinheiro, ou também que educação financeira é coisa de “gente grande”. Afinal, existem inúmeras pessoas que não sabem como gerir suas finanças, principalmente pela falta de informação sobre como se deve agir e planejar seu futuro. Para o Coach financeiro Robson Profeta, esse é o resultado de uma qualidade da educação brasileira que deve sim, ser aprimorada. “É fundamental inserir uma educação financeira nas escolas porque temos que ensinar nossos filhos a olharem para suas vidas no futuro, e como os pais não tiveram este ensinamento, possivelmente a primeira geração treinada terá o peso de ensinar os pais e os filhos.

Segundo o especialista, existem alguns conceitos básicos que devem ser passados desde cedo. “É preciso ter a capacidade de identificar qual nosso objetivo financeiro, e saber quais são os talentos e habilidades que vão possibilitar o alcance das metas programadas. Atrelado a isso, temos que ensinar o que gera riqueza e o que a destrói, além de aprendermos a controlar e domar nossas finanças. Caso contrário, o estresse pode tomar conta de nossas vidas sem sabermos ao certo o porquê”, conta.

Assim, de acordo com Robson, como os jovens possuem excelente grau de absorção, são ótimos multiplicadores da inteligência financeira. “Quando um jovem, entre 15 e 18 anos, por exemplo, aprende que a poupança é um investimento que rende menos que um Título do Tesouro, ou quando este jovem descobre que pode sim abrir uma conta em uma corretora de valores e devagar, aprender a comprar e vender ações, ou mesmo quando percebe que aluguel de um imóvel é uma forma de dividendo, este jovem consegue enxergar rapidamente suas finanças sob outra perspectiva e acredite, com um grau de absorção muito elevado quando comparado a nós adultos”, diz ele.

Contudo, Profeta afirma que os ensinamentos precisam corroborar com as respectivas idades. “A infância é um período onde você aprende a interagir com o mundo, a ter limites, a respeitar o próximo, a ter valores morais e por isso, o aprendizado financeiro deve ser relacionado à realidade da criança. Não podemos querer ensinar crianças em como  financiar um carro ou uma casa, mas como guardar dinheiro em uma semana para ela comprar um brinquedo novo, por exemplo”, conclui.

*Robson Profeta – Coach Financeiro –  www.robsonprofeta.com.br