25 beneficiários do Bolsa Família fizeram doação eleitoral na região Oeste. Cotia teve 8

Um total de 25 titulares de benefícios do Bolsa Família fizeram doações a campanhas eleitorais, este ano, nas cidades da região. Os números são do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).

Após a identificação dessas contribuições a candidatos, eles tiveram o benefício suspenso, no mês de outubro, por indícios de que tenham fraudado a renda informada ao programa para receber o auxílio mensal. Outra suspeita é de que tenha havido uso irregular de CPFs nas contas de campanha. Por isso, eles estão sendo convocados pelo governo federal para atualização cadastral. “Os beneficiários do Bolsa Família podem fazer doações a campanhas eleitorais. “O que nós queremos confirmar é se a renda que a família declarou no Cadastro Único está coerente com o valor da doação e se, de fato, a família fez a doação registrada no TSE, pois há indícios de uso indevido do CPF das famílias do programa”, explica a coordenadora -geral de Administração de Benefícios da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do MDSA, Caroline Paranayba.

Cotia foi a cidade com o maior número de beneficiários do Bolsa Família entre os doadores eleitorais: 8. Depois aparecem Barueri e Parnaíba, com 4 beneficiários fazendo doações eleitorais cada. Foram registrados ainda, entre beneficiários do programa social, 3 doadores em Carapicuíba, outros 3 em Jandira, 2 em Osasco, 1 em Itapevi.

Em todo o País, 13 mil beneficiários aparecem na lista de doadores e tiveram o repasse bloqueado. Segundo o ministério, eles foram identificados em um cruzamento de dados feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas informações do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. “Essa parceria nos possibilitou aprimorar os mecanismos de controle do Bolsa Família, dando maior transparência ao programa. O nosso esforço é para que o benefício seja pago a quem realmente precisa”, afirma o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.

Ainda de acordo com o ministério, o cruzamento de dados revelou “indícios de inconsistência entre as doações eleitorais feitas por 16 mil beneficiários e a renda declarada por eles. Mas, depois, foi constatado que 3 mil famílias já haviam tido o benefício cancelado por não se enquadrarem mais nas regras.

Por Erica Celestini – Diário da Região